Carolina Cerqueira, a coordenadora do lixo

Senhora Carolina Cerqueira, a senhora é uma nódoa que conspurca a imagem do país e do governo, em Angola e no estrangeiro. A sua mais recente procissão carnavalesca, saprófita ou parasitária, de propaganda política demagógica, é um forte atentado contra a ética, a dignidade, os direitos humanos, os direitos da criança e os direitos das pessoas que necessitam de assistência médica. A senhora não merece respeito e admiração porque gera situações que provocam muita revolta, muito nojo.

Por José Filipe Rodrigues (*)

Qualquer criada ou criado de um botequim clandestino de venda de bebidas alcoólicas consegue ter um comportamento igual ou melhor do que a senhora Carolina Cerqueira, a coordenadora do lixo de Luanda e Ministra de qualquer coisa que demonstra ser uma coisa qualquer.

Uma criança de 5 anos de idade recebeu uma intervenção cirúrgica para remover um tumor na língua, na clínica Girassol, em Luanda. O cúmulo da estupidez advém do facto de a propaganda do partido no poder informar que a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta necessitou da autorização da coordenadora do lixo de Luanda e Ministra de uma coisa qualquer, Carolina Cerqueira, com o objectivo de que fosse encontrada disponibilidade para que a assistência médica e a cirurgia fossem efectuadas na Clínica Girassol.

Que país é este onde a Ministra da Saúde depende, para assistir um cidadão, das “ordens superiores” da Carolina Cerqueira, coordenadora do lixo de Luanda e Ministra do Estado lastimoso, anquilosado devido à demagogia e à estupidez?

A deontologia médica e a dignidade humana obrigam os profissionais de saúde a manter o anonimato dos pacientes e da condição de que padecem. A notícia propagandeada pelos profissionais da comunicação social do Estado angolano, que envergonham um jornalismo decente, divulgam o nome da criança, a imagem e a condição do paciente.

A Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, como médica, deveria ter toda a autoridade profissional e moral para proibir a violação da confidencialidade e a publicação do nome e da imagem da criança. Isto quer dizer que Sílvia Lutucuta é conivente com esta apresentação circense em que a senhora Carolina Cerqueira, pensando estar a representar o papel do palhaço inteligente e poderoso, actuou como o palhaço matumbo, parasitário para fins de propaganda política.

As pessoas começam a ficar anestesiadas e a olhar com indiferença para estas campanhas de propaganda política estúpida, onde vale tudo para manipular mentalidades eunucas, num país onde até se faz propaganda partidária a oferecer certidões de óbito…

A hipocrisia da senhora Carolina Cerqueira é tanta que, para impressionar os seus criados da comunicação social do Estado, que envergonham o verdadeiro jornalismo, ofereceu brinquedos como prenda para o “mês da criança”…

Nas intervenções terapêuticas e nas escolas onde essas intervenções são efectuadas para tentar ajudar as crianças a usarem o seu máximo potencial, não há só um mês da criança, há 12 meses, durante o ano, da criança!

Michelle Obama, uma das mulheres mais admiradas dos Estados Unidos, nas suas acções de filantropia, acompanhada da actual primeira dama dos Estados Unidos, Jill Biden, em situações semelhantes a esta e em muitas outras, não permitia que os paparazzi, como é o caso dos órgão de comunicação do Estado angolano, violassem os direitos das crianças e não enveredava por campanhas propagandísticas saprófitas, como é o caso desta implementada pela senhora Carolina Cerqueira e a sua conivente Sílvia Lutucuta.

Barack Obama nos encontros com vítimas de violência e injustiças sociais optava por reuniões ou visitas privadas, longe dos holofotes do jornalismo pateta. Respeitava a dignidade e a confidencialidade das vítimas e dos pacientes, não usando esses momentos para propaganda política, o que não acontece com a senhora coordenadora do lixo de Luanda, Carolina Cerqueira.

Nos países civilizados a violação da confidencialidade de um paciente pode conduzir a uma punição exemplar, que vai até à perda da licença profissional. A Ministra Lutucuta envergonhou a ética profissional e desrespeitou os valores que devem guiar a actividade médica e os direitos da criança. A senhora Carolina Cerqueira… mete nojo!

(*) Terapeuta Pediátrico, Licenciado pela NBCOT e pelo Estado de Massachusetts, Orientador de estágios de estudantes universitários dos Estados de Massachusetts e Rhode Island.

Nota. Todos os artigos de opinião responsabilizam apenas e só o seu autor, não vinculando o Folha 8.

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